Localização e limites

O Distrito da Namaacha, situa-se a sudoeste da Província do Maputo, entre os paralelos 31° 28̕ e 32° 23̕ de longitude Oeste 25° 40̕ e 25° 28̕ de latitude sul.O Distrito de Namaacha equidista-se  a 65 kms da Cidade de Matola, e faz limite com os Distritos de Moamba a Norte, Boane a Este e Matutuíne a Sul e fronteira com a República de África do Sul e o Reino da Suazilândia a Oeste.

Extenção territorial

O Distrito apresenta uma superfície de 2.114 Km² e uma população de 44.327 habitantes. De um modo geral, a agricultura no Distrito é praticada em explorações familiares de um ha e em regime de consociação  de culturas com base em variedades locais, havendo em algumas regiões, o recurso a tração animal e tractor .

2.4 Indicadores sócio económicos

O Distrito apresesenta uma estrutura económica relativamente diversificada e uma localização económica e comercial privilegiada, a actividade industrial tem algum peso, envolvendo tanto homens como mulheres, que manufaturam e vendem bebidas, carvão, lenha,  artesanato e utensílos de barro.

No distrito funcionam 6 empresas de processamento de água mineral, 1 empresa de processamento de pedra, laje e tijoleira, 1 fábrica de bentonite e 48 minas informais de pedra laje.

A industria de panificação conta com 7 padarias, sendo 2 em Goba-Fronteira, 1 na Localidade de Michangulene e 1 no Posto Administractivo de Changalane e as restantes na Vila Sede.

Em termos de produção mineira, o Distrito não dispõe de informação apesar da intensa actividade da indústria mineira nos últimos três anos.

Governo Distrital de Namaacha

Historial do distrito de Namaacha

Origem do nome Namaacha 

A designação de Namaacha provém de Lomahacha, nome de um antigo régulo soberano, que governou a região dos Pequenos Libombos antes da fixação dos colonos. O bravo e destemido, Lomahacha conquistou os territórios vizinhos apoderando-se do gado bovino, que era levado para as pastagens da família real junto à lagoa Makonko em Moçambique, que ele visitava com frequência, mandando abater nessas ocasiões algumas vitelas para agraciar os pastores e guardas locais. Para conquistar maior respeito, Lomahacha, raras vezes aparecia em público, à excepção das grandes festas do fim da colheita, que se intitulavam "Liphusibele".

Durante a dominação colonial, Lomahacha foi morto, tendo-lhe sucedido sua esposa Cocomela, que tomando o comando dos seus guerreiros travou várias lutas com os portugueses. O reino de Lomahacha foi desmembrado em dois: Namaacha e Lomahacha, após o tratado de 1869 assinado em Pretória que reconheceu aos portugueses os direitos do território até ao paralelo 26º 30º Sul, e que estabeleceu os Montes Libombos como fronteira de Moçambique com a Swazilândia e o então Easten Transvaal (Mpumalanga).

As danças tradicionais mais praticadas nesta região são a Ngalanga, Xingomana, Mutimba e Xigubo.

A gruta da Namaacha, dadas as semelhanças com a Cova da Iria em Portugal, era considerada a Fátima da comunidade católica em Moçambique, e as águas das fontes das cascatas, eram consideradas milagrosas para quem as bebesse.

Actualmente, esta zona continua a ser palco da peregrinação católica anual em cada 13 de Maio, pela Nossa Senhora de Fátima.