terça-feira, janeiro 24

Historial do distrito de Namaacha


Origem do nome Namaacha 
A designação de Namaacha provém de Lomahacha, nome de um antigo régulo soberano, que governou a região dos Pequenos Libombos antes da fixação dos colonos. O bravo e destemido, Lomahacha conquistou os territórios vizinhos apoderando-se do gado bovino, que era levado para as pastagens da família real junto à lagoa Makonko em Moçambique, que ele visitava com frequência, mandando abater nessas ocasiões algumas vitelas para agraciar os pastores e guardas locais. Para conquistar maior respeito, Lomahacha, raras vezes aparecia em público, à excepção das grandes festas do fim da colheita, que se intitulavam "Liphusibele".

Durante a dominação colonial, Lomahacha foi morto, tendo-lhe sucedido sua esposa Cocomela, que tomando o comando dos seus guerreiros travou várias lutas com os portugueses. O reino de Lomahacha foi desmembrado em dois: Namaacha e Lomahacha, após o tratado de 1869 assinado em Pretória que reconheceu aos portugueses os direitos do território até ao paralelo 26º 30º Sul, e que estabeleceu os Montes Libombos como fronteira de Moçambique com a Swazilândia e o então Easten Transvaal (Mpumalanga).
As danças tradicionais mais praticadas nesta região são a Ngalanga, Xingomana, Mutimba e Xigubo.
A gruta da Namaacha, dadas as semelhanças com a Cova da Iria em Portugal, era considerada a Fátima da comunidade católica em Moçambique, e as águas das fontes das cascatas, eram consideradas milagrosas para quem as bebesse.
Actualmente, esta zona continua a ser palco da peregrinação católica anual em cada 13 de Maio, pela Nossa Senhora de Fátima.